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Cone Entrevista - Gustavo Freitas: logística para e-commerce

A Logística do E-Commerce tem sido assunto recorrente, sobretudo diante da aceleração da transformação digital induzida pela pandemia, que obrigou negócios de segmentos diversos a se adaptarem, sob o risco de precisar encerrar suas operações.

A onda de crescimento do comércio virtual, no entanto, não é passageira e provocou uma mudança profunda e permanente nos hábitos de consumo. Quem não utilizava o e-commerce, passou a usar. E quem já havia descoberto suas possibilidades, ampliou sua relação com as plataformas de vendas online.

Conversamos com Gustavo Freitas, Consultor de Novos Negócios do Cone, sobre esse cenário, as tendências e desafios, especialmente para o Blog do Cone. Confira!

1 – O e-commerce exige uma operação logística diferente da logística tradicional? Se sim, quais os diferenciais?

A Logística do e-commerce exige uma logística até o consumidor final. Essa é a grande diferença. No varejo físico, o consumidor é o responsável pela logística de última milha, indo até a loja. No e-commerce, essa atividade de última milha é da logística. Essa simples mudança desencadeia uma enorme alteração em todos os elos da cadeia.

Quando pensamos no público-alvo, a logística do e-commerce exige atenção até o encontro do produto com o cliente. Quando a logística está focada em atender necessidades de negócios tradicionais, que têm vendas físicas, você entrega grandes lotes a um grupo pequeno de consumidores. Agora, você entrega pequenos lotes a uma grande quantidade de consumidores.

Tudo isso termina por exigir vários controles, o que significa maior eficiência. Para isso, é fundamental investir em tecnologia, como sistemas de roteirização, torres de controle e inteligência artificial.

2 – Como planejar a logística para e-commerce e quais as etapas desse processo logístico?

O planejamento da logística para o e-commerce é uma atividade minuciosa e hiperdetalhista. Envolve trabalhar com o desejo do consumidor final, que deve ser atendido com segurança, precisão de data/hora de entrega e dedicação à integridade do pacote. Como o operador da logística estará na porta da casa do cliente, também exige que ele esteja preparado para se apresentar como representante final da empresa. Todos os operadores devem estar aptos a operar no mundo digital de controles e informações.

É preciso, ainda, automatizar todo o processo desde a entrada do pedido, separação do produto, monitoramento do veículo, rastreabilidade do produto e realizar constantemente pesquisas de satisfação. Todas estas são fases que estão entre o pedido de compra do cliente até a entrega, ou mesmo após ela acontecer.

3 – Uma pesquisa divulgada pela Mastercard afirmou que o setor de e-commerce cresceu 75% em meio à pandemia. Como foi esse período para o setor de logística, uma vez que o alto crescimento deve ter demandado adaptações e mudanças na operação?

A necessidade faz a disponibilidade. Lojas fechadas por causa da pandemia tiveram no e-commerce a única porta de saída para continuar faturando. Aos trancos e barrancos, com dedicação e preparo do pessoal de logística, com embarque de muita tecnologia e, principalmente, com muita aceitação de erros, foi que esse crescimento exorbitante aconteceu.

Tivemos ruptura de estoque, como tivemos falta de containers e os produtos não chegavam. Tínhamos problemas na produção e de replanejamento de estoques pela insegurança no abastecimento – com muitos clientes realizando pedidos maiores por não saberem quando poderiam comprar novamente. Replanejar pedidos significa, também, replanejar armazéns, ou seja, demandando maior investimento no armazenamento, em equipamentos e tecnologia para garantir o controle. Em meio a tudo isso, mudou a modalidade de transportes: como diminuiu a demanda por voos, aumentou a procura por transportes rodoviários.

4 – Quais são as tendências da logística dentro do setor de e-commerce nos próximos anos?

O faturamento do setor no Brasil sairá de R$ 200 bi/ano em 2021 para R$ 500 bi/ano em 2025. Começarão a aparecer market places de nicho, que além de mercadorias também vão oferecer serviços e conteúdos.

O Beleza na Web é um exemplo que deve ser estendido para as áreas de nutrição e suplementos, médica e farmacológica, arquitetura e home center etc. Quando falamos em nichos, nos referimos a market places onde você poderá agregar serviços e informações à compra de produtos, de fato.

5 – No Cone, já temos operações focadas em e-commerce? Se sim, como funcionam? Quais os nossos principais clientes do segmento?

Sim! Já temos clientes focados no e-commerce em nossa plataforma e uma estrutura desenvolvida especialmente para esse tipo de operação. Grandes empresas como Petlov, Madeira Madeira, Mobly, operadores logísticos como Fedex e Modular, entre outros, utilizam a nossa estrutura para esse fim. Seguimos investindo em tecnologia e inovação para atender às necessidades desse mercado, com foco em estarmos também sempre alinhados às tendências e potencial de crescimento.

Para atender à demanda crescente, trabalhamos no Cone com dois tipos de estrutura: no armazem fulfillment, são alocados produtos próprios e os de terceiros, onde é realizada a distribuição e separação de pedidos, transferência para outras cidades etc; já no armazém cross dock, temos operações de armazenagem e entrega local.


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